terça-feira, janeiro 27, 2009

A Volta do Bloguêmio

Ele Voltou, O Bloguêmio voltou novamente... partiu daqui tão contente porque razão quer voltar...

Estive sim um pouco afastado de algumas areas de interesse minhas, estive sim. O que eu sonhava eram outros sonhos e assim fui seguir vivendo em paz.

Porém, ah porém, foi um caso diferente que marcou um breve tempo, meu coração para sempre. Não era um dia de carnaval, eu carregava uma tristeza, e não pensava em novo amor; quando alguém que bem me lembro anunciou: era ela, era ela... uma moça trazendo a alvorada, meu coração conquistou.

Lá no Bar, lá no bar sempre houve alegria, eu vivia tão contente, como contente agora de volta eu estou. Mas comparar isso com o sonho seria o fim, e vou calar... pois não pretendo, leitor, te chatear.

Quando eu, antes do sonho, eu achava a vida chata, sim eu tinha minha história, meu prazeres e minhas glórias. Tudo bem mas eu senti que precisava me mover.

E do Blog, do bar, dos amigos, dos filmes, gibis, livros e séries, fui desatento.

E o porque deste dezelo, é claro hoje...

Se antes acompanhava (ou escrevia, ou comparecia ou via e falava) sempre e tanto. Depois como que por obra de um encanto. Para um único foco desviei meu pesamento. Priorizei em vários momentos, o meu amor, e desprezei meus contos, e meus amigos, e os meus encantos. Foi sem pesar e com contentamento. Assim eu fui viver o amor (que tive). Não foi imortal, posto que era chama, mas foi infinito em seu durante.

(cansei de ficar parodiando)

(já traduzindo o acima)

Deixei esse espaço um pouco, largado nos últimos tempos, assim como também minha vida social, e outros intereeses e atividades de normalmente. Estive cansado, com outra proridades, e por último, a namorada, em quem concentrei meu tempo e energia nos últimos 5 meses.

Não deu certo, que se há de fazer...

Volto para minhas atividades normais. E venho com energia, e neste espaço por exemplo, pretendo discorrer sobre assuntos passados, que eu acho que mereciam a minha atenção, e que não foram aqui debatidos:

Jogos Olímpicos (e não olimpíada, cujo significado é um espaço de tempo de 4 anos). Obama, Lost, Fringe, Eleições, Os Vingadores, LHC e a Constituição que fez vinte anos. Entre o que mais eu e lembrar... talvez até o Lindemberg, ou os Cruzeiros Hippies e Águas de SC e de MG, ES, RJ e até MA, sei lá...

Mas, Vou começar, com meu próprio relacionamento. Melhor. Com o Fim dele. Melhor ainda. Sobre como eu o vejo.

Há 11 dias, depois de um dia terrível, que prefiro nem comentar. A moça me diz coisas como ela me vê. Uma pessoa que parece não ter vontades. Uma figura que não se impõe, que não decide. Alguém para quem parece que sempre, tanto faz. Extremamente dependente. completamente incapaz de assumir as responsabilidades referentes a realização do meu propalado objetivo de vida (que para ela, seria falso) que é formar família e descendência. E que nem parecia uma figura masculina.

Ouvi, respondi que a agressão, o diminuimento e a humilhação, não eram necessários e nem eficientes. Se ela queria terminar bastava dizer esta intenção, essa vontade. E pronto, eu ainda poderia ir embora com uma boa lembrança, até.

Ela diz que não. que não era isso. Que no tempo só, viu que havia coisas que precisavam mudar, e queria conversar sobre...

Desconstruí então tudo que ela disse. Dependência, não tenho nenhuma. Tenho planejamento, e por isso dou um passo de cada vez. Vontades: tenho. Decisões: tenho. Mas que tenho também jogo de cintura e negociação. E disse também que a própria personalidade dela exigia tais qualidades.
Reiterei que o julgamento que ela fazia de casos pontuais eram inconsistentes quando se observado o todo, mas que isso não modificava o direito dela de tomar qualquer decisão que quisesse, sem ter que justificá-la.

Por motivos outros, paramos por aí nesse dia... Mas ela ligou e quis conversar. Marcou. Desmarcou. Marcou de novo. Esqueceu. Ligou outra vez. E por fim, ontem depois de 10 dias estive na casa dela para esta conversa.

Confesso que me surpreendi, quando ela reciclou o discurso de sábado, e disse as mesmas coisas de uma outra forma. Perguntou se eu tinha então entendido... - ao que tive que responder... que a mensagem tinha sido recebida, antes mesmo de nosso diálogo de 10 dias antes, mesmo que os argumentos fossem incoerentes e inconssitentes com a realidade, além de incompatíveis com sua própria personalidade...

Ela enfim disse... que éramos muito diferentes... que ela nunca acreditou no sucesso, apesar de ter tentado, e que não tinha nenhum motivo para me admirar...

Me senti como Platão em Teeteto. Parindo as ideias.

Neste ponto, eu até satisfeito pelo resultado de nosso colóquio, e sentindo que ela não tinha mais nada a dizer...

- Sem mais para o momento... - ela: "até a próxima... " - e me fui...

É nesse ponto que está o ovo de colombo.

Saí e sem saber o que ia fazer caminhei um pouco, depois de já bastante tempo vi um táxi vindo em minha direção, e como num arco-reflexo, sinalizei pra ele...

Entrei no carro o taxista, um tiozinho gordo, ouvia rádio favela, bem baixinho, Bolero do Lero-lero. Batuquei, ele viu, perguntou se podia aumentar, assenti. ele aumentou e começou a conversar.

Conversa de taxista: o tempo, o transito, as pessoas, a politica, a vida.

Chego em casa, pago o motorista, e aí ele me diz: " muito bacana essa corrida, bacana quando a gente pega uma pessoa otimista e iluminada como você"

Aí que eu me dei conta de como eu estava leve. Fui dispensado, e ao contrário das outras vezes que algo assim me aconteceu , minha auto estima subiu. E não foi no telhado. O que eu fui criticado, foi por fazer coisas que mostram o tanto que eu sou bacana. Estou com a consciência tranquila e sei que fiz o meu melhor, e esse melhor foi bastante bom.

Tem a saudade, tem a decepção, com a pessoa e com a situação. Tem que lidar com o fracasso, é verdade. Mas também tem mais tempo livre para atividades que estavam postas de lado. Tem custo de vida mais baixo. E principalmente a certeza de que agi correto, não magoei ninguém, e cuidei da relação com todo esmero que me foi possível.

Keila Pinto Guimarães é sem dúvida a melhor namorada que tive até então. Mas eu saio tão bem depois dela que digo que ela é a pior da série que se iniciou com ela, porque depois dela não tolerarei nada que seja pelo menos tão interessante quanto.

Para ela meu desejo de toda sorte do mundo. E que ela realiza seus projetos, pessoais profissionais e tenha uma vida como ela sonha. Se ela encontrar alguém, neste momento, eu desejo que seja alguém que além dela conseguir admirar, que tenha mais jogo de cintura, capacidade de entendimento e negociação do que eu; e nunca menos, porque senão ela entrará em outra espiral descendente. E que ela também aprenda a agir com o outro dessa mesma forma, mais serena, para que as coisas possam fluir da melhor forma possível.

Se a obra deste trabalho não foi concluída é que malhei em ferro frio, ou melhor se a relação não frutificou, foi porque semeei em terreno pedregoso. Mas aí eu cito o Henfil e não reclamo:

Se não houver frutos,
valeu pela beleza das flores.

Se não houver flores,
Valeu pela sombra das folhas.

Se não houver folhas,
Valeu a intenção da semente.


4 comentários:

Mendelson disse...

Certamente que o objetivo não é falso. Mas, talvez, as suas ações e idéias não se coadunem com o seu objetivo. Digamos que a idéia que você faz do que seria um "homem bacana que se dispõe ao casamento" e que, consequentemente, tornar-se-ia um "esposo bacana" não colam com as idéias que as garotas fazem do que seria esse mesmo "esposo bacana". Ou seja, o Edmundo real não está sincronizado com o esposo ideal delas... Mas, pelas experiências anteriores que me foram relatadas, tenho certeza de que o senhor fez grandes progressos. A própria relação parece tê-lo amadurecido de alguma forma, como nota-se no seu post. Estou certo de que refletiu sobre o que a Keila lhe disse, e considerou a possibilidade dela estar certa, sob determinados aspectos. E, pela inteligência que lhe é característica, certamente o sr. absorverá o que julgar apropriado em sua manifestação e levará adiante estas conclusões e aprendizados para os seus futuros ensejos... Por fim, registro o meu pesar pelo desfazimento de tão simpático casal. Oxalá, Jah lhes reservem dias felizes, em conjunto ou em separado. É isso aí. Grande abraço!

Anônimo disse...

Não sei... A impressão que tenho é que as mulheres são adoráveis, mas pouco compreensíveis.
Tou chegando aí, brother!

Eliana Gerânio Honório. disse...

Carambolas da felicidade!

ED disse...

Valeu a visita Eliana.

Gostei do comentário, um tanto misterioso, e mais ainda do blog que vocÇe possui, que passo a acompanhar e indicar doravante...