domingo, fevereiro 28, 2010

Não somos mais diferentes

por Flaviano Oliveira :Batista no seu blog

A muito tempo não posto aqui, é sempre assim. Começo bem, mas depois esqueço de mim mesmo.
Este post é para mostrar minha indignação sobre o fato que ocorreu nesta semana no Mato Grosso do Sul, onde um bebê morreu durante o parto porque o EGO de dois profissionais de saúde, médicos, foi maior que os seus juramentos e dever a cumprir.
Durante o parto os 2 médicos iniciaram uma briga, que foi a via de fatos, e que resultou na morte do bebê por asfixia.
Acho que a justiça tem de ser dura com este sacanas e calhordas, pois abdicaram de suas obrigações para se estapearem para ver quem deveria fazer o parto, resultado: nenhum dos 2 o fez e o bebê morreu.
Eis minha sentença:
1) Perda do CRM e impossibilidade de trabalhar novamente como profissionais de saúde;
2) Acusação de homicídio doloso, indo a júri popular;
3) Pagamento de pensão a família da vítima por pelo menos 21 anos, ou acordo de valores indenizatório (não traz a criança de volta, mas servirá de punição e ressarcimento material dos gastos da família para a chegada dela);

Acho que somente assim teremos médicos cuidando de pessoas novamente.

Sds,
Flaviano

PS.: A razão do título é para dizer que a diferença entre o homem e os animais, ditos irracionais, praticamente não existe mais, pois perdemos o principal fator que nos diferencia: - a nossa humanidade.


quarta-feira, fevereiro 24, 2010

Perguntas & Respostas


50 perguntas para você fazer a si mesma(o)...:(compartilhado por Abimael Costa via Buzz)
"1. Qual seria a sua idade se você não soubesse quantos anos tem? 
2. O que é pior, fracassar ou nunca tentar? 
3. Se a vida é tão curta, por que a gente faz tanta coisa que não gosta e gosta de tantas coisas que não fazemos? 
4. Depois que tudo for dito e feito, você terá dito mais ou feito mais? 
5. Cite uma única coisa que você gostaria de mudar no mundo. 
6. Se a felicidade fosse a moeda do país, que tipo de trabalho te faria rico? 
7. Você está fazendo aquilo em que acredita ou se acomodou com o que faz? 
8. Se a expectativa de vida fosse de 40 anos, em que isso mudaria sua vida? 
9. Até que ponto você controlou o caminho que sua vida tomou até aqui? 
10. Você se preocupa em fazer certo as coisas ou fazer as coisas certas? 
11. Você está almoçando com três pessoas que respeita e admira. Todas elas começam a criticar um amigo íntimo seu, não sabendo que é seu amigo. A crítica é injusta e de mau gosto. O que você faz? 
12. Se você pudesse dar um único conselho a um recém-nascido, qual seria? 
13. Você passaria por cima de uma lei para salvar uma pessoa amada? 
14. Você já viu loucura onde depois viu criatividade? 
15. Há algo que você sabe que faz diferente das outras pessoas? O que é? 
16. Por que o que te faz feliz não faz todos felizes necessariamente? 
17. Cite uma coisa que você ainda não fez mas que quer MUITO fazer. O que te impede? 
18. Você está se prendendo a algo que não deveria? 
19. Se você tivesse que mudar de estado ou país, para onde iria e por quê? 
20. Você aperta o botão do elevador mais de uma vez? Tem certeza de que isso acelera o elevador? 
21. Você preferiria ser um gênio preocupado ou um Zé-ninguém feliz? 
22. Por que você é quem você é? 
23. Você tem sido o tipo de amigo que gosta de ter como amigo? 
24. O que é pior, quando um bom amigo vai pra longe ou perder o contato com um amigo que mora bem próximo de você? 
25. Cite algo pelo qual você é mais grato. 
26. Você preferiria perder suas velhas recordações ou nunca poder construir memórias novas? 
27. É possível saber a verdade sem antes questioná-la? 
28. O seu maior medo já se concretizou? 
29. Você se lembra algo que te deixou extremamente aborrecido há 5 anos? Hoje, aquele episódio importa? 
30. Qual é sua memória da infância mais querida? O que a faz tão especial? 
31. Quando no seu passado recente você se sentiu mais vivo e intenso? 
32. Se não agora, quando? 
33. Se você ainda não alcançou o que quer, o que tem a perder? 
34. Você já esteve com alguém, não disse nada, e saiu com a sensação de que teve a melhor conversa da sua vida? 
35. Por que religiões que pregam o amor causam tantas guerras? 
36. É possível saber, sem sombra de dúvida, o que é bom e o que é mau? 
37. Se você ganhasse 1 milhão de dólares, largaria o seu emprego? 
38. Você preferiria ter menos trabalho ou mais trabalho em algo que realmente goste? 
39. Você sente que viveu este mesmo dia 100 vezes? 
40. Quando foi a última vez que você entrou na escuridão com apenas uma vaga luz de idéia de algo em que você acreditava? 
41. Se todos seus conhecidos morressem amanhã, quem você visitaria hoje? 
42. Você concordaria reduzir sua vida em 10 anos para ser super atraente ou famoso? 
43. Qual é a diferença em estar vivo e viver plenamente? 
44. Quando vai ser o tempo de parar de calcular os riscos e apenas seguir adiante e fazer o que é certo? 
45. Se aprendemos com nossos erros, por que temos tanto medo de errar? 
 46. O que você faria diferente se soubesse que ninguém te julgaria? 
47. Quando foi a última vez que você reparou no som da sua respiração? 
48. O que você ama? Suas ações recentes refletem este amor? 
49. Daqui a 5 anos, você vai lembrar do que fez ontem? E ante-ontem? E o dia anterior? 
50. As decisões são feitas agora. A pergunta é: você está decidindo por si só ou deixando que outros decidam por você?



"






1 pessoa gostou dessa atualização - Daniel Fernandes
Respondido por: Edmundo Fontela Emediato Grieco , ou seja EU

As faço. E as Respondo.

1- 30, pelo menos por mais 16 dias
2- Depende do que houver a perder. O não tentar é fracasso certo, mas muitas vezes é grátis. Se tentar e fracassar tiver um preço, há que se decidir o que é preferível em cada caso.
3- Porque tudo na vida tem preço e recompensa. Fazemos o que não gostamos na tentativa de viabilizar as coisas que gostamos, e deixamos de fazer coisas que gostamos, por não termos conseguido viabilizar, por falta de tempo (que essa acontece porque priorizamos a busca de um outro bem que nos seja mais valioso)
4- Para quase tudo terei feito mais, exceto no que tange a sexo, que terei dito mais.
5- O saldo da minha conta Bancária. Uns quinze ou vinte dígitos a mais tava bom.
6- O ócio.
7- Claro. Sempre.Não consigo crer que alguém tenha motivação para fazer o que não acredta.
8- Em nada. Aliás minha espectativa de vida é essa.
9- Até o ponto em que é possível. Os caminhos, eu os escolhi, nem sempre as opções que existiam para escolher eram as desejáveis.
10- Ambos. Não pode? Fazer as coisas certas do jeito certo.
11- Ajo como contraponto. Mas isso é o que eu mais gosto de fazer. Tipo se eles estivessem falando bem desse meu amigo, e esses elogios fossem justos e merecidos, ainda assim eu seria o contraponto. "Toda Unanimidade é Burra" Nelson Rodrigues
12- Abra os ouvidos e feche a boca.
13- Depende. Qual lei? Se for uma que eu considere injusta, inadequada ou burra... "Debaixo da Letra que mata, o espírito que vivifica" Victor Hugo. Se em meu julgamento a lei for correta? Não.
14- Todas as vezes. Se reconheço alguma criatividade, a primeira impressão é da loucura... e as vezes não é só antes, é durante e depois também... mas será que isso é ruim?
15- O mundo tem quase sete bilhões de pessoas vivas hoje, se contarmos as que já morreram não haverá palavra para descrever esse numeral. É claro que não há nada que eu já tenha feito ou vá fazer, que seja totalmente diferente do que todas as pessoas fazem, ou já tenham feito, ou até ainda farão independente de mim. Assim como também não há nada que eu faça que seja exatamente igual ao que todos os outros façam ou tenham feito, ou venham a fazer. Tá não era para ser algo definitivo assim. tudo bem. Não vamos ser racionais e nem fatalistas. Pronto. Assim sendo posso responder por exemplo responder esse questionário. Ninguém o responde como eu. (esse ninguém é uma figura de liguagem, claro).
16- Muito fácil cara... porque o meu interesse não é necessáriamente o interesse de todos, morou?
17- Sexo com a Angelina Jolie. O que me impede? Não sei. O que vocè acha?
18- Muito provavelmente sim. Eu sei que essa não tem um: "Por que?" mas eu insisto, porque EU assim considero que devo me prender, se não, eu não me prenderia, mas como é meu próprio julgamento que mais importa para mim... me prendo as coisas que eu considere que eu deva, mesmo que eu esteja equivocado...
19- Se fosse de estado, São Paulo, se fosse de país, Argentina. Porque são próximos da (tanto geograficamente como em modo de vida) podendo eu manter contato, visitar e ser visitado pelos meus e ainda manter o meu way of life parecido com o que já tenho. Além de ser mais ao sul (latitudes mais altas portanto mais frio) e por fim eu poder me manter tanto mais longe do mar quanto possivel.
20- Sim. Claro que não. Mas me acalma e passa o tempo...
21- Peraí... Eu sou um gênio... e sou um Zé ninguém... e me preocupo... e sou feliz... essas coisas não são excludentes.
22- Essa é das mais fáceis da lista - em parte pela Herança Genética de Papai e de Mamãe, em parte por influência do meio, em parte pelo que eu próprio decido ser.
23- Claro. E quando os amigos também não o são... perdem a condição.
24- Vamos lá.. é pior perder o contato com o amigo que está próximo mas isso se a amizade subsiste. Se o amigo está próximo e o contato não há. Grande chance é de que a amizade não exista... e nesse caso quanto menos contato melhor.
25- Mas eu sou grato tanto e por tantas coisas que quase fica inviável responder. Vamos dar então uma resposta genérica e simbólica. sou Muito grato a tudo e a todos que em alguma medida viabilizaram que eu estivesse aqui, na minha casa, deitado na minha cama, vendo futebol na minha tv, tomando a minha coca-cola, fumando o meu cigarro e respondendo este questionário no meu notebook aqui, agora.
26- A morte é melhor que ambos. Prefiro ela - sem nenhum drama.
27- Não. Aliás é necessário questioná-la antes, durante e depois (de novo essa) porque ela é dinamica.
28- Não. Nem vai. Nunca. Isso não o diminui.
29- Lembro. Tanto quanto há 5, 10, 15, 20, 25 anos atrás. Quem apanha lembra....
30- O dia que minha irmã nasceu. Você conhece ela?
31- Acho que uns outros meses atrás.
32- Quando eu quiser.
33- Tudo que eu alcancei no caminho.Porque eu teria que querer uma coisa só?
34- Sim e é bom.
35- Porque todas elas são baseadas em falácias.
36- Só do seu próprio ponte de vista e interesse.
37- Ontem.
38- Menos trabalho. Sempre. Por definição trabalho é uma coisa que você faz porque te pagam, se não é voluntariado. Se me pagarem para fazer menos, sobra mais tempo pro meu prazer e esse é a minha prioridade.
39- O de hoje? Não. Mas há dias...
40- A última? Meia hora atras.
41- Ninguém. Provavelmente mandaria e-mails, mensagens, pra alguns eu telefonaria até, mas eu ficaria em casa com minha família (afinal também os conheço)
42- Atraente... já sou... Famoso... já sou um tanto conhecido acho as vezes que até mais do que gostaria... Dez anos é muito tempo e bastante valioso, mas eu negociaria, só que por outras coisas... poder? talvez.. dinheiro? de quanto estamos falando?
43- Nunca vivi uma vida que não fosse plena para poder te responder essa...
44- Nunca. Sempre é bom calcular e ter consciência dos riscos antes de seguir em frente e fazer o que é certo. (de novo uma coisa não exclui a outra).
45- Porque achamos que errar é ruim... e isso é bom, caso contrário não nos esforçaríamos para acertar.
46- Nada
47- Toda noite na hora de dormir e por vezes isso me incomoda.
48- Minha vida, meu pensamento, meu sentimento, meu ponto de vista, meu prazer, minha história, minha conduta, meus princípios minha honra. Sim
49- De ontem algumas coisas. De anteontem de uma coisa. Do dia anterior, de nada... eu não fiz nada no dia anterior.
50- A minha vida, faço eu



terça-feira, fevereiro 23, 2010

A diferença entre um vestido curto e um boquete em rede nacional



Começamos a ser expostos ao mundo desde crianças. Na escola, cada palavra que dizemos é ouvida e analisada por nossos colegas que depois julgam e reprovam ou aprovam. Pelo conjunto de aprovações e reprovações que temos, os grupos nos rotulam como legais ou idiotas e como normalmente formam-se muitos grupos, escolhemos participar daquele que nos considera melhor.




Crescemos e por toda a vida a coisa continua assim, mais ou menos da mesma forma. Algumas pessoas ou grupos de pessoas acham que nosso conjunto de opiniões e atitudes são aprováveis ou reprováveis. Pessoas carismáticas conseguem mais aprovações que a média, não por terem atitudes melhores ou piores, mas simplismente porque mais pessoas as julgaram como legais.




Como já disse, a maioria de nós prefere se sentir confortável e mantém ao redor pessoas que aprovam o nosso way of life. As turmas de colégio de juntam em torno disso e as rodas de amigos perpetuam esse sentimento de conforto ao longo da nossa vida. Não estou excluindo os chatos (as vezes geniais) que preferem escrotizar a ordem e viver chocando aqueles que estão a sua volta. Eles existem, todos conhecemos vários mas eles são a excessão que confirma a regra. 




Apesar de possíveis atritos ao longo do caminho, pessoas ajustadas tendem a conseguir passar através dessas dificuldades, evitando expor-se demais. Essas pessoas - repito: aquelas ajustadas - escolhem os atos que praticam para um público mais amplo para poderem ser bem aceitas naquele meio. Isso em nada quer dizer ser falso ou hipócrita. Evitar se expor em excesso é simplesmente é um mecanismo de defesa social e não há nada de errado nisso. Você deve escolher as batalhas que quer lutar ou se torna aquele chato do outro parágrafo.




Só que a internet veio bagunçar a relação que temos com nossa vizinhança. Pessoas totalmente diferentes de você passam a interagir e julgar seus atos e opiniões. Com uma ajudinha do anonimato, as reações se tornam muitas vezes duras e mal educadas, mas infelizmente (?) isso faz parte do jogo. Gosto da analogia da internet com o de uma praça publica, onde as pessoas podem conversar umas com as outras mas mesmo você tendo um grupo fixo de ouvintes, sempre tem alguém passando que pode ouvir e se intrometer no assunto. São as regras da rua.



























Mas existe outra regra da rua que diz que se você deixar de ser "mais um" e subir em um palanque para que muitas pessoas te ouçam, tem que aguentar o tranco de muitas pessoas te julgando e decidindo se você é legal ou não. Não vai ser apenas aquele cara que caiu de paraquedas no seu blog, serão massas de pessoas que irão procurar você exatamente para te julgar e saber se você é digno da atenção que está recebendo. Antes da internet essa mega exposição só era possível para figuras realmente públicas, principalmente políticos e artistas que bem ou mal são remunerados para serem públicos. Hoje, muitas outras pessoas "normais" estão subindo em seus palanques e querendo levar a vida como se estivessem dentro de casa, na intimidade do seu lar.
















Voltando ao ponto onde eu falava sobre as ações que escolhemos para praticar para um público mais amplo de modo a continuar a ser aceito, como esperar ser um completo idiota em público e justificar que esse é apenas "o seu jeitinho" ? Se você não faz sexo em praça pública por favor, não faça sexo na frente de uma camera! Não venha justificar que fez algo "normal e saudável" porque se você não é um profissional do sexo, transar na frente de uma camera não é "normal e saudável". É tosco e de mal gosto.




















Se você aguentou até esse ponto do texto, claro que deve saber que estou falando da Twittess. Não me sinto exatamente confortável com certo nível de ataques que se gerou contra a menina MAS por outro lado, ela nunca deveria deixar isso acontecer durante um programa de TV. Repito: é tosco e de mal gosto.
















Só para encerrar, sinto vergonha quando leio pessoas inteligentes comparando o caso com o da UNIBAN. Por favor... Não saber diferenciar um vestido curto de um boquete em rede nacional é sinal claro de estupidez.















Por Eduardo Coutinho no http://meudejavu.blogspot.com















COMENTÁRIO MEU:



















caríssimo coutinho.... 

Sensacional esse texto, só acho que você talvez tenha simplificado demais, no que tange a definição das pessoas... eu por exemplo, acho que me exponho mais que a média e acabo me envolvendo em batalhas do que consigo manter... mas, não creio que eu seja aquele chato que fica só escrotizando... talvez eu seja meio crente que posso fazer alguma diferença (ou pelo menos a minha parte), como um Don Quixote, talvez, ou como você costuma dizer, talvez somente um maluco do caralho. Mas tirando talvez esse pequeno detalhe, o seu texto (a idéia, e a construção) ficou bom pra cacete... roubar-lhe-ei.




























segunda-feira, fevereiro 22, 2010

Poesia Urbana

(...)

Eu vago pelos Bares
Como um cão enlouquecido
Não sei se te quero de volta
Ou se queria nunca ter te conhecido

(...)

Elias Pereira da Silva

Esse Elias Pereira da Silva, que não é o Elias Maluco que matou o Tim Lopes, é um garçom de um boteco aqui de BH (três dias por semana), e frequentador desse mesmo boteco (os outros quatro dias) e eis que ontem ele solta uma pérola incrivelmente gigante de sua autoria, cujo refrão é esse aí. Bacana Até... fica o registro.




(o boteco em questão é o Chicken in lá na Guajajaras)







Arte de criar e transmitir boatos

 Tiago Dória Weblog recolhido via Buzz do Eduardo Coutinho

Desde 2005, divulgar boatos dá cadeia na Índia. Nicholas DiFonzo, professor de Psicologia do Instituto de Tecnologia de Rochester (RIT), em Nova York, gosta de utilizar esse exemplo para demonstrar a importância que os boatos têm em nosso dia-a-dia.
A lei indiana foi criada depois que um rumor sobre um possível tsunami mobilizou, sem necessidade, centenas de pessoas e desperdiçou milhares recursos de ajuda para catástrofes.
Apesar de terem essa capacidade de mobilização, boatos e fofocas não são alvo de extensas pesquisas. Assuntos mais nobres ganham destaque. DiFonzo vai pelo caminho diferente. Há mais de 16 anos ele estuda a comunicação informal – boatos, fofocas e rumores. O famoso “ouvir dizer”.
Enfim, tudo aquilo que, nas empresas, nasce na máquina de café. Máquinas de café não fazem apenas café, mas produzem boatos. É onde acontecem as conversas informais, onde todo mundo fica sabendo quem fez isso ou aquilo.
Boatos sempre estão presentes onde há duas ou mais pessoas juntas, lembra DiFronzo em seu livro “O Poder dos Boatos” (304 páginas/Editora Elsevier), que reúne parte de suas obervações na área. O livro se destaca por mostrar que os boatos têm valor. Eles surgem da necessidade humana de tentar explicar o inexplicável. Não é sem motivos que eles crescem justamente em época de incertezas e ansiedades – tragédias e grandes mudanças.
Em outras palavras, boato nada mais é do que uma tentativa de dar respostas às nossas dúvidas. É uma forma coletiva de compreender o mundo. Boatos ajudam as pessoas ao dar uma explicação pronta.

DiFonzo cita o caso de um acidente em uma pequena cidade dos EUA. Um carro com quatro estudantes bateu de frente com um caminhão. Todas morreram na hora. Haviam acabado de se formar no colégio e estavam para entrar na faculdade.
Sem explicações lógicas para o caso, uma tragédia terrível, os boatos começaram a surgir na comunidade.
Eram tentativas de entender algo tão trágico, várias versões para o mesmo caso começaram a aparecer. De que o motorista do caminhão havia acelerado, um terceiro carro havia fechado o das estudantes. Defeito técnico no veículo das vítimas. Sempre eram “explicações” que tentavam inocentar as garotas.
Depois, descobriu-se que o problema foi o uso do celular ao volante. Segundos antes do acidente, a estudante que dirigia o veículo havia recebido e enviado mensagens pelo celular.
É, justamente, quando DiFonzo demonstra esse valor dos boatos, ele ajuda a quebrar mito de que caem em boatos somente pessoas ignorantes e que têm pouco conhecimento dos processos de produção da informação. O que não é verdade, jornalistas, acadêmicos, CEOs, por exemplo, acreditam e propagam boatos o tempo todo.
Quem acompanha os twitters destes perfis, já deve ter percebido que, na pressa e necessidade de “serem relevantes”, semelhante a qualquer pessoa, eles caem em pegadinhas e propagam, muitas vezes sem perceber, informações sem nenhuma base fatual.

Mas por que isso acontece? Segundo DiFonzo, simplesmente pelo fato de que transmitimos boatos devido a diversos motivos. Classe social, profissional ou nível intelectual é o menor deles.
Espalhar boatos é algo humano. Propagamos para entender uma situação e, desse modo, tomarmos decisões mais eficazes. Quanto mais um boato atende às nossas premissas anteriores,  mais o espalhamos, sem remorso, para as nossas redes de contatos. Mais o achamos que é verdade, mesmo sem checar nenhuma das informações.
Pessoas que não gostam de um político, por exemplo, tenderão a propagar e acreditar em boatos negativos sobre ele. Pessoas que não acreditam que a Terra é redonda, mais facilmente propagarão boatos de que a Terra é quadrada.
Além disso, espalhamos informações para criar laços mútuos ou passar a impressão de que “estamos por dentro”. Um exemplo citado é o “vírus do ursinho de pelúcia“.
Em algum momento, alguém deve ter recebido o email sobre um suposto vírus alojado no Windows e que tinha o ícone de um ursinho de pelúcia. O famoso “jdbgmgr.exe“. DiFonzo constatou que muitas pessoas propagaram o boato simplesmente para passar  a impressão de que estavam por dentro das “últimas tendências da internet”.
O Poder dos Boatos” é um livro bem didático. Repete várias vezes a mesma ideia, usa vários exemplos. E é aí que pode estar uma característica do autor, não se aprofunda muito nas ideias. Não é detalhista, fornece mais um panorama geral sobre o asssunto.
Percebe-se isso no penúltimo capítulo, quando DiFonzo pretende dar dicas para empresas sobre como administrar boatos. O autor fica na superfície das coisas e fala sobre o comum.

O pesquisador acerta ao explicar outro motivo por que espalhamos, sem querer, boatos. É para não sermos esquecidos no meio da multidão.
Adaptado ao momento atual, na ânsia de ficar sem assunto, sem atualizar o nosso perfil no Twitter e, assim, perdermos seguidores, acabamos propagando a primeira informação que vemos pela frente.
Em outras palavras,  hoje em dia, como nunca antes, as pessoas precisam de assunto para atualizar seus blogs, twitters e perfis em redes sociais, o que as torna facilmente propagadoras de boatos e rumores.
E sim, a internet ajuda a espalhar boatos, não por causa da sua caratecterística de dar rapidez às trocas de informação, mas, antes de tudo, pelo motivo de ajudar a polarizar as discussões. Segundo DiFonzo, em vez de trazer diversidade, a internet tem facilitado a polarização das discussões. O exemplo se dá no campo dos blogs, que, geralmente, trocam informações e fazem links somente a outros que seguem a mesma ideologia.
Blogs conservadores de política fazem links e trocam informações com blogs conservadores.  Blogs liberais trocam links com blogs também liberais. No Twitter, seguimos apenas pessoas que pensam como a gente. Dificilmente, seguimos ou “retuitamos”  alguém que produz algum tipo de ruído ou publica algo que não gostamos.
Com as ferramentas de personalização, segmentação de conteúdo, a internet torna-se propícia para evitarmos o contraditório, o que também a transforma em terreno fácil para boatos.
DiFonzo justifica essa premissa relatando pesquisas que comprovam que quanto mais polarizado o ambiente, mais fácil os boatos se espalham e menos a sua veracidade é checada. Isso acontece principalmente se os boatos forem repletos de julgamento contra a parte oposta.
Boatos negativos contra democratas, por exemplo, circulam melhor em ambientes republicanos. Boatos racistas circulam melhor em ambientes contra negros. Boatos contra judeus circulam facilmente em ambientes antisemitas, altamente polarizados.
Enfim, quando as partes não se falam, mais boatos são criados e propagados.
Porém, não estamos no fim do mundo.
A internet é uma faca de dois gumes. Por outro lado, ela pode ajudar a desvendar boatos, várias pessoas podem trocar/checar/discutir as informações contidas em um rumor e, dessa forma, em pouco tempo descobrir a sua veracidade. Inteligência coletiva em meio à incerteza.
Existem vários sites de audiência garantida que funcionam como “caçadores de boatos”, como o Snopes e oHoaxBusters. Grandes empresas começam a criar em seu sites centrais de boatos, nas quais levam ao público esclarecimentos sobre certos rumores a respeito de seus produtos e serviços. Algo impensável antes.
Afinal, hoje todos nós potencialmente podemos checar a veracidade de um boato. Podemos fazer isso não por que queremos ser “jornalistas”, mas simplesmente devido ao mesmo desejo humano pelo qual criamos e propagamos boatos, fugir da incerteza sobre qualquer assunto.


Crédito das fotos: LivefaChough, DesireeDelgado, Missbehave e divulgação


domingo, fevereiro 21, 2010

O DIA DO ORGULHO ATEU II








O primeiro milagre do heliocentrismo






Como proteger-se do poder do Estado? Esse, que é um dos temas capitais da ciência política, já consumiu muita tinta e derrubou vários acres de florestas. A descrição mais clássica é a de Thomas Hobbes, para quem o Estado é um monstro feroz, um Leviatã, que, apesar de promover todo tipo de abuso, justifica-se por proteger os indivíduos da guerra de todos contra todos que configura o estado de natureza. Enquanto o poder público, leia-se, o soberano, garante a vida de seus súditos, devemos-lhe obediência total, o que inclui aceder aos menores caprichos e tolerar as piores injustiças. É só quando o soberano nos condena à morte, isto é, quando deixa de assegurar-nos a existência, que temos o direito de rebelar-nos contra sua autoridade.



OK. Admito que não é um cenário muito idílico. Mas tampouco o era a Inglaterra sob a guerra civil no século 17. De lá para cá, as coisas melhoraram bastante, pelo menos neste cantinho de mundo que chamamos de Ocidente democrático. Embora o poder do Estado ainda seja algo a temer, contamos hoje com um rol de direitos e garantias fundamentais que são geralmente observados. Quando não o são, podemos gritar e espernear. Na pior das hipóteses, já não precisamos ser condenados à morte para conquistar o direito de revolta.

Mais até, em determinadas circunstâncias o Estado pode ser considerado um aliado, que promove ativamente o bem-estar através de instituições como a Previdência social e serviços de educação e saúde.
Fiz essa longa introdução, que em jornalismo chamaríamos de nariz de cera, para propor uma discussão que julgo importante: em que nível devem materializar-se essas garantias fundamentais? Elas dizem respeito a indivíduos ou a grupos? É possível conceder benefícios a setores específicos?
Coloco essas questões a propósito da isenção de impostos para igrejas, que foi tema de reportagem de minha autoria publicada na edição de domingo da Folha de S.Paulo (quem tiver acesso à edição digital poderá conferir também a arte, que não é disponibilizada através do link). Para quem não é assinante de nada ou não está com paciência de ficar singrando hipertextos, faço um rápido resumo da matéria.
Eu, Claudio Angelo, editor de Ciência da Folha, e Rafael Garcia, repórter do jornal, decidimos abrir uma igreja. Com o auxílio técnico do departamento Jurídico da Folha e do escritório Rodrigues Barbosa, Mac Dowell de Figueiredo Gasparian Advogados, fizemo-lo. Precisamos apenas de R$ 418,42 em taxas e emolumentos e de cinco dias úteis (não consecutivos). É tudo muito simples. Não existem requisitos teológicos ou doutrinários para criar um culto religioso. Tampouco se exige número mínimo de fiéis.
Com o registro da Igreja Heliocêntrica do Sagrado EvangÉlio e seu CNPJ, pudemos abrir uma conta bancária na qual realizamos aplicações financeiras isentas de IR e IOF. Mas esses não são os únicos benefícios fiscais da empreitada. Nos termos do artigo 150 da Constituição, templos de qualquer culto são imunes a todos os impostos que incidam sobre o patrimônio, a renda ou os serviços relacionados com suas finalidades essenciais, as quais são definidas pelos próprios criadores. Ou seja, se levássemos a coisa adiante, poderíamos nos livrar de IPVA, IPTU, ISS, ITR e vários outros "Is" de bens colocados em nome da igreja.
Há também vantagens extratributárias. Os templos são livres para se organizarem como bem entenderem, o que inclui escolher seus sacerdotes. Uma vez ungidos, eles adquirem privilégios como a isenção do serviço militar obrigatório (já sagrei meus filhos Ian e David ministros religiosos) e direito a prisão especial.
A discussão pública relevante aqui é se faz ou não sentido conceder tantas regalias a grupos religiosos. Não há dúvida de que a liberdade de culto é um direito a preservar de forma veemente. Trata-se, afinal, de uma extensão da liberdade de pensamento e de expressão. Sem elas, nem ao menos podemos falar em democracia.
Em princípio, a imunidade tributária para igrejas surge como um reforço a essa liberdade religiosa. O pressuposto é o de que seria relativamente fácil para um governante esmagar com taxas o culto de que ele não gostasse.
Esse é um raciocínio que fica melhor no papel do que na realidade. É claro que o poder de tributar ilimitadamente pode destruir não apenas religiões, mas qualquer atividade. Nesse caso, cabe perguntar: por que proteger apenas as religiões e não todas as pessoas e associações? Bem, a Constituição em certa medida já o fez, quando criou mecanismos de proteção que valem para todos, como os princípios da anterioridade e da não cumulatividade ou a proibição de impostos que tenham caráter confiscatório.
Será que templos de fato precisam de proteções adicionais? Até acho que precisavam em eras já passadas, nas quais não era inverossímil que o Estado se aliasse à então religião oficial para asfixiar economicamente cultos rivais. Acredito, porém, que esse raciocínio não se aplique mais, de vez que já não existe no Brasil religião oficial e seria constitucionalmente impossível tributar um templo deixando o outro livre do gravame.
No mais, mesmo que considerássemos a imunidade tributária a igrejas essencial, em sua presente forma ela é bem imperfeita, pois as protege apenas de impostos, mas não de taxas e contribuições. Ora, até para evitar a divisão de receitas com Estados e municípios, as mais recentes investidas da União têm se materializado justamente na forma de contribuições. Minha sensação é a de que a imunidade tributária se tornou uma espécie de relíquia dispensável.
Está aí o primeiro milagre do heliocentrismo: não é todo dia que uma igreja se sacrifica dessa forma, advogando pela extinção de vantagens das quais se beneficia.
Sei que estou pregando no deserto, mas o Brasil precisaria urgentemente livrar-se de certos maus hábitos, cujas origens podem ser traçadas ao feudalismo e ao fascismo, e enfim converter-se numa República de iguais, nas quais as pessoas sejam titulares de direitos porque são cidadãs, não porque pertençam a esta ou aquela categoria profissional ou porque tenham nascido em berço esplêndido. O mesmo deve valer para associações. Até por imperativos aritméticos, sempre que se concede uma prebenda fiscal a um dado grupo, onera-se imediatamente todos os que não fazem parte daquele clube. Não é demais lembrar que o princípio da solidariedade tributária também é um dos fundamentos da República.




Hélio Schwartsman, 44, é articulista da Folha. Bacharel em filosofia, publicou "Aquilae Titicans - O Segredo de Avicena - Uma Aventura no Afeganistão" em 2001. Escreve para a Folha Online às quintas.

Alguns curiosos nomes de igrejas no Brasil

- Igreja da Água Abençoada
- Igreja Adventista da Sétima Reforma Divina
- Igreja da Bênção Mundial Fogo de Poder
- Congregação Anti-Blasfêmias
- Igreja Chave do Éden
- Igreja Evangélica de Abominação à Vida Torta (????)
- Igreja Batista Incêndio de Bênçãos
- Igreja Batista Ô Glória!
- Congregação Passo para o Futuro
- Igreja Explosão da Fé
- Igreja Pedra Viva
- Comunidade do Coração Reciclado
- Igreja Evangélica Missão Celestial Pentecostal
- Cruzada de Emoções
- Igreja C.R.B. (Cortina Repleta de Bênçãos)
- Congregação Plena Paz Amando a Todos
- Igreja A Fé de Gideão
- Igreja Aceita a Jesus
- Igreja Pentecostal Jesus Nasceu em Belém (do Pará?????)
- Igreja Evangélica Pentecostal Labareda de Fogo
- Congregação J. A. T. (Jesus Ama a Todos)
- Igreja Evangélica Pentecostal a Última Embarcação Para Cristo (quem perder vai ficar!!!)
- Igreja Pentecostal Uma Porta para a Salvação
- Comunidade Arqueiros de Cristo
- Igreja Automotiva do Fogo Sagrado
- Igreja Batista A Paz do Senhor e Anti-Globo
- Assembléia de Deus do Pai, do Filho e do Espírito Santo
- Igreja Palma da Mão de Cristo
- Igreja Menina dos Olhos de Deus
- Igreja Pentecostal Vale de Bênçãos
- Associação Evangélica Fiel Até Debaixo D'Água (Corinthiano? ??????)
- Igreja Batista Ponte para o Céu
- Igreja Pentecostal do Fogo Azul
- Comunidade Evangélica Shalom Adonai, Cristo!
- Igreja da Cruz Erguida para o Bem das Almas
- Cruzada Evangélica do Pastor Waldevino Coelho, a Sumidade
- Igreja Filho do Varão (Opa!!! Se puxar o pai vai se dar bem!!!!)
- Igreja da Oração Eficiente
- Igreja da Pomba Branca
- Igreja Socorrista Evangélica
- Igreja 'A' de Amor
- Cruzada do Poder Pleno e Misterioso
- Igreja do Amor Maior que Outra Força
- Igreja Dekanthalabassi
- Igreja dos Bons Artifícios
- Igreja Cristo é Show
- Igreja dos Habitantes de Dabir
- Igreja 'Eu Sou a Porta'
- Cruzada Evangélica do Ministério de Jeová, Deus do Fogo
- Igreja da Bênção Mundial
- Igreja das Sete Trombetas do Apocalipse
- Igreja Barco da Salvação
- Igreja Pentecostal do Pastor Sassá
- Igreja Sinais e Prodígios
- Igreja de Deus da Profecia no Brasil e América do Sul
- Igreja do Manto Branco
- Igreja Caverna de Adulão
- Igreja Este Brasil é Adventista
- Igreja E.T.Q.B (Eu Também Quero a Bênção) (????????)
- Igreja Evangélica Florzinha de Jesus
- Igreja Cenáculo de Oração Jesus Está Voltando
- Ministério Eis-me Aqui
- Igreja Evangélica Pentecostal Creio Eu na Bíblia
- Igreja Evangélica A Última Trombeta Soará
- Igreja de Deus Assembléia dos Anciãos
- Igreja Evangélica Facho de Luz
- Igreja Batista Renovada Lugar Forte
- Igreja Atual dos Últimos Dias
- Igreja Jesus Está Voltando, Prepara-te
- Ministério Apascenta as Minhas Ovelhas
- Igreja Evangélica Bola de Neve
- Igreja Evangélica Adão é o Homem
- Igreja Evangélica Batista Barranco Sagrado
- Ministério Maravilhas de Deus
- Igreja Evangélica Fonte de Milagres
- Comunidade Porta das Ovelhas
- Igreja Pentecostal Jesus Vem, Você Fica (Você senta, Jesus levanta????)
- Igreja Evangélica Pentecostal Cuspe de Cristo
- Igreja Evangélica Luz no Escuro
- Igreja Evangélica O Senhor Vem no Fim (Só no fim?????)
- Igreja Pentecostal Planeta Cristo
- Igreja Evangélica dos Hinos Maravilhosos
- Igreja Evangélica Pentecostal da Bênção Ininterrupta
- Assembléia de Deus Batista A Cobrinha de Moisés
- Assembléia de Deus Fonte Santa em Biscoitão
- "Igreija" Evangélica Muçulmana Javé é Pai
- Igreja Abre-te-Sésamo
- Igreja Assembléia de Deus Adventista Romaria do Povo de Deus
- Igreja Bailarinas da Valsa Divina
- Igreja Batista Floresta Encantada
- Igreja da Bênção Mundial Pegando Fogo do Poder
- Igreja do Louvre
- Igreja ETQB, Eu Também Quero a Bênção
- Igreja Evangélica Batalha dos Deuses
- Igreja Evangélica do Pastor Paulo Andrade, O Homem que Vive sem Pecados (é o Cristo em pessoa!!)
- Igreja Evangélica Idolatria ao Deus Maior
- Igreja MTV, Manto da Ternura em Vida
- Igreja Pentecostal Marilyn Monroe(????? ??)
- Igreja Quadrangular O Mundo É Redondo
- Igreja Evangélica Florzinha de Jesus (Londrina - PR)
- Igreja Pentecostal Trombeta de Deus (Samambaia - DF)
- Igreja Pentecostal Alarido de Deus (Anápolis - GO)
- Igreja pentecostal Esconderijo do Altíssimo (Anápolis - GO)
- Igreja Batista Coluna de Fogo (Belo Horizonte - MG)
- Igreja de Deus que se Reúne nas Casas (Itaúna - MG)
- Igreja Evangélica Pentecostal a Volta do Grande Rei (Poços de Caldas - MG)
- Igreja Evangélica Pentecostal Creio Eu na Bíblia (Uberlândia - MG)
- Igreja Evangélica a Última Trombeta Soará (Contagem - MG)
- Igreja Evangélica Pentecostal Sinal da Volta de Cristo (Três Lagoas - MS)
- Igreja Evangélica Assembléia dos Primogênitos (João Pessoa -PB)
- Ministério Favos de Mel (Rio de Janeiro - RJ)
- Assembléia de Deus com Doutrinas e sem Costumes (Rio de Janeiro - RJ)

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COMENTÁRIO MEU:

É... VOU ABRIR UMA IGREJA ENTÃO: JÁ ESTOU AQUI ENTÃO ANUNCIANDO QUE EM BREVE ESTAREI REVENDENDO ISENÇÕES FISCAIS E DIREITO A PRISÃO ESPECIAL... INTERESSADOS LIGUEM JÁ PARA (O11) 1406.

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Agradecimento especial por este post para Alessandra, que me proveu com essas informações e talvez seja minha sócia na igreja que poderá se chamar "Igreja da Arrecadação Divina do 13º" ou talvez "Igreja da Atividade Canábica" como Jacqueline e Sebastião (outros dois prováveis sócios) e eu comentamos outro dia. Contamos com a conversão de todos vocês, com uma super promoção de inauguração:  no ato da conversão o fiel terá a opção de pagar o dízimo do primeiro ano (a vista) com 40% de desconto, ou seja, 6% da renda anual no ato da conversão, ou 10% da renda mensal a serem quitados no quinto dia útil de cada mês (multa de 1% ao dia por atraso).



quarta-feira, fevereiro 17, 2010

'Lost' finale "going to disappoint" fans

Matthew Fox has admitted that knowing secrets about Lost is "quite a power trip".

The 43-year-old actor, who has played Jack Shephard since the series started in 2004, is the only castmember who has been told by the producers what the final image of the series will be.

"It's going to be really beautiful and powerful, and I can't wait to see how we end up there," he said.

"Knowing stuff that the audience want to know... it's a quite a power trip, to be completely honest with you. But the truth is that nobody really wants to know. If you're reading a really good book - I don't know too many people who want to turn to the final page and find out how it ends."

"I really love the way [series five] ended because it felt like the board had been set, the pieces were in place.

"But when you have a show that makes people think as much as Lost; where you've made them hypothesise about what it all means and where it's all going on a plot level; ultimately you're going to disappoint them because they're going to want it to end a certain way, and it's going to end its own way."


domingo, fevereiro 14, 2010

O Dia do Orgulho Ateu


publicado originalmente no atea
É um costume antigo escolhermos um dia do ano para celebrar aquilo que achamos importante. Além das datas de eventos históricos relevantes, existe um extenso calendário de dias com motivos religiosos, além de datas cívicas e comerciais para lembrar pessoas, profissões, atividades e idéias. Como resultado, todos os dias do calendário têm coisas a serem comemoradas, com graus de mérito bastante variáveis.
Reconhecendo esse fato, grupos minoritários há muito vêm lançando datas para marcar sua luta pela igualdade e pelo respeito, e contra o preconceito e a discriminação, como é o caso do dia da Consciência Negra e o dia do Orgulho Gay. À peimeira vista, a palavra orgulho pode parecer fora de contexto, mas ela é uma tradição sólida entre as minorias, ao menos desde que se começou usar a expressãoblack pride (orgulho negro) nos Estados Unidos, há mais de quarenta anos. A ela se associou um dos slogans fortes da época, "I'm black and I'm proud" (sou negro e tenho orgulho disso), eternizada em 1968 pela homônima canção de James Brown.
Nesse contexto, falar em orgulho não é uma maneira de se dizer superior, apenas uma maneira de afirmar que não somos inferiores. Falar em orgulho é importante quando existe uma idéia socialmente difundida de que a sua identidade é intrinsecamente negativa e deve ser motivo de vergonha. Esse é o caso dos negros, é o caso dos homossexuais, e também o caso dos ateus. Falar em "orgulho ateu" é dizer que temos orgulho de sermos quem somos. É dizer que nosso ateísmo é uma parte integrante de nossas posições perante o mundo, e que é uma vergonha que muitos de nós se sintam obrigados a esconder sua identidade para serem plenamente aceitos em seu círculo familiar, social ou profissional. É dizer que os ateus também são cidadãos e merecem, sim, respeito.
Cabe lembrar aqui uma importante distinção entre pessoas e idéias. Muitos ateus entendem que algumas crenças religiosas, ou todas elas, não merecem respeito. E isso é um direito deles. Há idéias que simplesmente não são respeitáveis, como a de que negros são inferiores, ou a de que a Terra é plana -- embora possamos, é claro, discordar de quais idéias exatamente não são respeitáveis. Da mesma maneira, os religiosos podem crer que o ateísmo não é uma posição respeitável, no sentido de que ela não se sustenta, não corresponde à verdade ou coisa similar. Mas isso é coisa muito diversa de dizer que os ateus não merecem respeito, o que é tão errado quanto dizer que os cristãos não merecem respeito.
Já existe uma comunidade no Orkut dedicada ao dia do orgulho ateu, onde se votou por estabelecer o dia do ateu em 12 de fevereiro, aniversário de nascimento de Charles Darwin, o eminente biólogo que deu uma das mais significativas contribuições isoladas ao conhecimento humano, que ao mesmo tempo o impeliu do cristianismo ao agnosticismo. É claro que essa escolha pode ser criticada, e há várias outras opções. Mas isso não importa. Em última análise, a escolha de um dia é perfeitamente arbitrária e qualquer parte do calendário é tão boa quanto as demais.
O importante é trazer o assunto à discussão, na sociedade e na imprensa. É termos um dia para refletirmos e fazermos refletir, para falarmos com amigos e lhes enviarmos mensagens de email, para sair do armário e parar de sentir vergonha, para lembrar que você não está sozinho e que existem pessoas como você lutando por um mundo melhor.
Ações de calendário
Assim como o dia do orgulho ateu, há outras propostas ligadas ao calendário para as pessoas que não têm religião. Judeus e muçulmanos, por exemplo, têm seu próprio calendário, e não é difícil entender por que é difícil de aceitar um calendário que celebra a crença de que o universo surgiu magicamente há menos de dez mil anos, como é o caso da cronologia judaica. Esse é um erro de um milhão de vezes, semelhante a imaginar que a distância daqui ao Sol é de 150 quilômetros, ao invés de 150 milhões de quilômetros. Mas isso não os impede de continuar celebrando, e a mídia de continuar cobrindo o fato regularmente sem qualquer menção crítica.
Por que então não deveríamos criar o nosso próprio calendário? Essa é a idéia do Universal Atheist Calendar, que propõe como zero o início real do universo como o conhecemos, há cerca de 13 bilhões de anos. Existem outras propostas como a Darwin Era, que se baseia no ano de publicação da primeira edição da Origem das Espécies, em 1859. Há muitas outras alternativas, é claro.
Seja qual for o calendário, ele pode comportar as mais diferentes celebrações seculares. Uma das possibilidades é o Newtal, a comemoração do nascimento de Newton, no dia 25 de dezembro. Podemos continuar usando a árvore, mas pendurando maçãs para nos lembrarem da lenda sobre a formulação da lei da gravitação universal. E deixar uma cópia da sua obra-prima, Philosophiae Naturalis Principia Mathematica, aberta logo abaixo, para nos lembrar de grandes conquistas intelectuais da humanidade. Já existe até uma comunidade do orkut dedicada à data, que surgiu originalmente em países de língua inglesa como Newtonmas