terça-feira, outubro 06, 2009

A Microsoft e os Danos do Monopólio

por Luis Nassif no seu Blog.

Li no excelente caderno Link, do Estadão, que o Xbox, da Microsoft, deixou de ser o campeão de problemas técnicos, entre os consoles de jogo.

Eu nem sabia disso. Acompanhei o inicio da guerra, o alarido infernal preconizando que a Microsoft bateria a Sony nesse campo. Mas só agora fico sabendo que seu aparelho foi o campeão de reclamações. E em uma nota que afirma que isso é passado. De um tempo para cá o Xbox teria dado a volta e tornou-se o aparelho com menor número de reclamações.

Daqui a algum tempo é possível que apareça outra matéria informando que em setembro de 2009 o Xbox ainda dava muitos problemas, mas agora…

Em outra revista leio que o aparelho que a Microsoft lançou com estardalhaço para concorrer com o iPod, detém parcelas insignificantes do mercado americano. Deverá ser desativado em breve.

Em uma outra matéria, a informação de que a Microsoft admite que o Windows Vista foi o maior fracasso (“menor sucesso”, como diz um executivo da empresa) da história da empresa. E o Windows Mobile, para celulares, caminha para a irrelevância.

Fica cada vez mais claro a extraordinária importância do marketing positivo na história da companhia.

Quando saíram os primeiros Outlooks, uma geringonça inadministrável, só se ficava sabendo dos defeitos e reclamações de uma versão quando eram lançadas novas versões corrigindo as anteriores.

Agora, será lançado o Windows 7. Um sucesso total, de acordo com as pesquisas que a empresa divulga – e são aceitas acriticamente pela mídia especializada. E me lembrei do extraordinário sucesso de público que foi o Windows Vista.

Li uma boa avaliação na Infoexame. Nada que me fizesse abrir mão do XP no Toshibão. E menos ainda dos meus Macs. A edição analisa a nova versão do OS do Mac e o Ubuntu. Terminei a leitura pensando em fazer uma nova tentativa com o Ubuntu em uma das partições do Toshibão.

O ponto mais interessante é que, enquanto a nova versão do OS-Leopard, da Apple, será lançada por menos de R$ 100,00, o Windows Vista terá o estratosférico preço de R$ 700,00. E porque isso? Porque o último monopólio que restou à Microsoft é das redes empresariais de grandes empresas que usam o Exchange. Se ela entrar na guerra de preços, garante o futuro, mas esmigalha o próximo balanço.

Já existe um movimento consistente – da Google à IBM – para oferecer redes virtuais como substituta das redes internas das empresas. Essa nova onda irá conquistar rapidamente pequenas e médias empresas. As grandes corporações exigirão níveis de segurança maiores. São elas o último reduto do poderio da outrora imbatível Microsoft, centrado em dois produtos básicos: o Exchange e o Office (incluindo o Messenger).

Toda a criatividade exibida antes de se tornar monopólio, exauriu-se com o monopólio. Cadê o OneNote, o Sharepoint, as comunidade de relacionamento, os produtos virtuais? Rompeu-se em um momento qualquer em que a competição deixou de ser a mola mestra da empresa, substituída por manobras jurídicas, conluio com setor público e abusos de poder de mercado.

Comentário Meu:

Desde de a fantástica jogada do Bill Gates de licenciar o DOS, gratuitamente, e abocanhar quase todo o mercado de sistemas operacionais no mundo, a microsoft nunca mais deu uma dentro (se analisarmos a qualidade de seus produtos). Enfim a Microsoft sempre foi uma empresa de excelente negociantes, mas não de programadores, programas e produtos top de linha.


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