Desde a faculdade, com as lições de Vico, aprendi que o processo de civilização é ciclico, com ascenção e subsequente decadência. Ocorre sempre, não apenas por motivos de ordem economica, mas também social e moral.
O mundo moderno reformulou conceitose interpretações, de tal moo que a hegemonia internacional passou a ser disputad pelo comunismo e capitalismo - Rússia e USA.
Um admirável mundo novo, preconizado por Shakespeare na citação do livro antológico de Huxley, haverá de surgir dos escombros do marxismo e capitalismo.
Neste início de século, a desestruturação de um e de outro, simbolizada nas figuras de Stalin e Bush, coincide com a desintegração familiar e consequente amoralização dos costumes.
Numa visão global dessa realidade, a observação pode ser estendida a todos os povos.
Veja-se o exemplo do Brasil: pouco a pouco, estamos aprendendo a conviver com desonestidade e as falcatruas, os marginais e os crimes, a droga e o vício, males e desajustamentos que se formam e fortalecem na desestruturação da família.
Entramos no plano inclinado do fim da civilização. O que se tem visto no país extrapola a incompetência dos governantes, os equivocos da legislação, a improbidade dos politicos a procrastinação do judiciário, a perigosa indiferença da opinião pública.
Ainda na semana passada, a imprensa noticiou a prisão , no Rio, de uma quadrilha formada por jovens de classe alta que eram traficantes. Note bem o leitor: traficantes e não usuários.
Tanto ou mais sugestivoé o recente e afrontoso episódio ocorrido em Brasília , onde um rapaz, associando-se à irmã uterina, com quem mantinha incestuoso relacionamento, assassina o próprio irmão menor.
Dirão os otimistas que isso é a própria condição humana, sempre existiu na história dos povos.
Mas essa desagregação social sempre foi também o prenúncio da decadência de uma etapa da civilização, dirá este impertinente saudosista.
José Bento Teixeira de Salles
Um comentário:
Não sou otimista, mas acho que as coisas tão assim não.
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