domingo, janeiro 30, 2011

É tão errado quanto passar um cheque sem fundo pra Hitler


Por Cardoso no contraditorium.com/

Costumo dizer que o grande problema das operadoras de telefone no Brasil é a mentalidade de Call Centre como métrica. Favorecem o número de ligações atendidas, não o número de problemas resolvidos. Criam um suporte de 1o nível formado por clones da mistura do Forrest Gump com a loira mais lentinha da Escola de Reforço dos rejeitados no vestibular da APAE. Adestram essa massa de animais de teta para que NUNCA, JAMAIS desviem do script, são incapazes de entender o cliente, só escutam palavras-chave e reagem de forma automática. Mais ou menos como vermes microscópicos e um monte de gente no Twitter.
Por isso você precisa repetir sua história para um monte de gente, além de eventualmente cair no loop área técnica / área comercial, com os dois se acusando mutuamente. Já ouvi pérolas como “Nokia N97 não é smartphone”, ou que a Internet estava funcionando bem,  é que meu iPhone só poderia acessar conteúdo via browser, não através de programas.
Surpresa: Existem empresas assim fora do Brasil também. A AT&T é igualmente odiada. Atitudes como VENDER minicélulas celulares para suprir a falta de cobertura usando a Internet do cliente não ajudam. Que o diga Jon Stewart, do Daily Show, que comemorou a perda da exclusividade do iPhone pela AT&T gritando “LIBERDAAAADEEEE!!!”, em um quadro onde só faltou chutar a logomarca da empresa. Aliás, faltou não, chutaram.
Não é exclusividade das américas, a Europa também tem grandes problemas, e nem falo da falta de lealdade da Áustria para com seus grandes líderes. A catástrofe de iguais proporções se chama Mobistar, operadora de telefonia celular belga.
Não há muito o que se fazer além de xingar no Twitter, exceto quando se é criativo. Como os palhaços do Basta, um programa de humor da TV Belga.
Os caras instalaram na madrugada um container na entrada do estacionamento da sede da Mobistar. Dentro os quatro palhaços esperaram até alguém ligar para o número de contato na lateral do container.
O que se seguiu foram quase 4 horas de ligações do chefe de segurança da Mobistar, tentando reclamar do container. Só que ele era desconectado, passado de um ramal para outro, os “atendentes” não prestavam atenção no que ele dizia, sem falar na cereja do bolo que foi a musiquinha irritante de espera, tocada ao vivo em um tecladinho.
Assista, o vídeo é fantástico e dá uma sensação de vingança maravilhosa, com direito a um final apoteótico. O áudio está em seja lá que idioma falem na Bélgica, mas as legendas estão em inglês, essa sim uma língua franca, com a qual um belga seria entendido até no Canadá!



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Sensacional a idéia e a execução. E eu continuo a minha campanha para que todos que tiverem oportunidade de se vingar de uma empresa que age dessa forma , o façam sempre. seja descontinuando o serviço, seja fazendo eles passarem por uma situação inversa, como nesse caso. E a troça em cima de empresas que desrespeitam seus clientes, e toda a publicidade negativa que ações como essa geram, pode fazer com que as empresas pensem melhor antes de nos tratarem indignamente.



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