Por José Bones (filólogo e professor da UFRJ)
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Peguei esse texto, lá no blog da Zizi Possi, por indicação do meu amigo Sidney (Marivaldo). Sensacional. Penso que a língua é dinâmica, é do povo. Se gera comunicação a palavra deve ser (e é) dicionarizada. Mas isso não significa que ela deva ser utilizada de forma massiva e nem popularizada. Muito menos indicada como mais correta do que a palavra ideal... deêm uma lida...
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Mas, afinal, que palavra é essa?
Bem, vejamos:
No português existem os particípios ativos como derivativos verbais. Por
exemplo: o particípio ativo do verbo atacar é atacante, de pedir é pedinte, o de
cantar é cantante, o de existir é existente, o de mendicar é mendicante.
Qual é o particípio ativo do verbo ser? O particípio ativo do verbo ser é ente.
Aquele que é: o ente. Aquele que tem entidade.
Assim, quando queremos designar alguém com capacidade para exercer a ação
que expressa um verbo, há que se adicionar à raiz verbal os sufixos ante, ente
ou inte. Portanto, à pessoa que preside é PRESIDENTE, e não presidenta,
independentemente do gênero, masculino ou feminino. Se diz
capela ardente, e não capela "ardenta"; se diz estudante, e não "estudanta";
se diz adolescente, e não "adolescenta"; se diz paciente, e não "pacienta".
Um exemplo (negativo) seria:
"A candidata a presidenta se comporta como uma adolescenta pouco pacienta
que imagina ter virado eleganta para tentar ser nomeada representanta.
Esperamos vê-la algum dia sorridenta numa capela ardenta, pois esta
dirigenta política, dentre tantas outras suas atitudes barbarizentas, não tem o
direito de violentar o pobre português, só para ficar contenta. "
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