segunda-feira, setembro 07, 2009

Rádio-Ed Numero 2

Eu estava aqui lembrando de São Paulo, onde em março último, fui ver show do Radiohead. Aí pensei uma outra coisa, toda vez que eu fico a toa e começo a pensar na vida, penso no passado, e penso no futuro, mas raro pensar no presente... Interessante que eu sei que o presente é o ponto sobre o qual temos poder, e que é ele a pedra fundamental do futuro a construir. Mas por outro lado, o presente é sempre volátil, e nos escapa o tempo todo, diferentemente do futuro, que um sábio disse uma vez que é o tempo em que os negócios vão bem, a saúde está pefeita, a família prospera e o coração está em paz. E também do passado qu sempre que olhamos, vemos o que já realizamos, e todas as vitórias que alcançamos. De fato, o passado e o futuro serão em via de regra mais sedutores que o presente, só não o serão nos momentos de glória, mas nessa hora, não teremos tempo de pensar na vida, viveremos o momento nos esquecendo de porque ele acontece.

Mas retornando a São Paulo, foi realmente um momento de realização para mim, lembro de minhas palavras ainda durante o evento: " É o melhor momento da minha vida, passada, presente e futura". Ainda utilizarei esse espaço e qualquer outro que eu tenha par falar daquele dia, do show do perfeito show do Radiohead, do sensasional show do Kraftwerk, mas hoje eu vou falar da banda da abertura, porque foi nela que meu ensamento se fixou nesses ultimos dias. Devo dizer que sempre tive preconceito contra os Los Hermanos, muito por causa das músicas que ganharam a mídia, principalmente aquela que foi propaganda de celular e que é, de fato muito chata. Mas lá no show, vi que os caras realmente eram muito bons (digo eram porque naquele dia a banda estava se reunindo de novo mas eles já tinham se separado), suas performances, suas composições e seus aranjos são realmente diferentes, e muito bons. O uso de metais (muito bem colocados) numa banda d rock'n roll, me leva a pensar mais atrás, me lembra do Jerry Lee Lewis, quando fez rock com piano na década de 50, do rock progressivo nos 70, com o Queen o Pink Floyd e cia, trazendo o piano de volta, com flautas, violinos, e nova explosãode qualidade. Aí mesmo começam experiencias com elementos eletrônicos. Mas os metais, eu não me lembro numa banda de rock, talvez o amigo Bruno possa me ajudar a lembrar de alguma (mas ão o paralamas ou o skank, porque isso é Ska e não Rock), quem sabe a Bjork, usou um pouco,o próprio radiohead, mas ningúem me impressionou tando quanto eles, ali, naquele dia.

Enfim a música que escolhi agora é: "Todo Carnaval tem seu fim", cuja letra tem um estilo comptemporâneo, de informações aparentemente disconexas, com a comunicação se dá hoje em dia na na geração internet, mas que eu vejo dentro da letra, através do recurso das antitese,uma crítica tanto a comunicação parcial, quanto a generalização fácil. Ao mesmo tempo revela uma resignação e uma adaptabilidade para essa situação (que jeito, não é mesmo?). Enfim muita viagem minha talvez. Gosto bem dessa letra, mas atenção especial aos metais da música que eu acho sensacionais, e o agradecimento politicamente incorreto no fim também acho bacana. Eu fiquei muito feliz de ter tido a oportunidade de vê-los ao vivo, mesmo depois do fim da banda, para desfazer a impressõ errada que eu tinha. Já ouvi essa música umas quinze vezes nesse fim de semana...

Amiga Érica, quando você me procurou no gtalk eu estava dormindo, por isso não respondi, qualquer hora nossos horarios baterão e trocaremos uma idéia. E a vida em SP como vai? Seu marido como está? Próxima vez que vier a Lagoa da Prata tipo num feriado, me avisa antes, que de repente dá pra eu dar um pulo aí para ver vocês...

Abraços a todos...

Todo Carnaval Tem Seu Fim
Los Hermanos
Composição: Marcelo Camelo


Todo dia um ninguém josé acorda já deitado
Todo dia ainda de pé o zé dorme acordado
Todo dia o dia não quer raiar o sol do dia
Toda trilha é andada com a fé de quem crê no ditado
De que o dia insiste em nascer
Mas o dia insiste em nascer
Pra ver deitar o novo

Toda rosa é rosa porque assim ela é chamada
Toda Bossa é nova e você não liga se é usada
Todo o carnaval tem seu fim
Todo o carnaval tem seu fim
E é o fim, e é o fim

Deixa eu brincar de ser feliz,
Deixa eu pintar o meu nariz

Toda banda tem um tarol, quem sabe eu não toco
Todo samba tem um refrão pra levantar o bloco
Toda escolha é feita por quem acorda já deitado
Toda folha elege um alguém que mora logo ao lado
E pinta o estandarte de azul
E põe suas estrelas no azul
Pra que mudar?

Deixa eu brincar de ser feliz,
Deixa eu pintar o meu nariz


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