domingo, dezembro 20, 2009

Ex-assessor da Casa Civil acaba condenado

De Alana Rizzo do Correio Braziliense via blog do Noblat (também na mesma via, inclusão de comentário de Carolina Brígido de O Globo)




Waldomiro Diniz terá de pagar multa e custos processuais por improbidade administrativa
A Justiça Federal condenou o ex-assessor da Casa Civil Waldomiro Diniz por improbidade administrativa.
O juiz José Márcio da Silveira e Silva, da 7ª Vara do Distrito Federal, determinou que o ex-assessor de José Dirceu pague multa equivalente a cinco vezes a remuneração à época dos fatos, além dos custos processuais fixados em R$ 5 mil.
A Casa Civil não informou o valor do salário de Waldomiro e nem do atual ocupante do cargo. Ainda cabe recurso da decisão.
O ex-assessor foi flagrado em vídeo negociando o pagamento de propina com o empresário do ramo de jogos Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. A gravação foi feita em 2002, quando ele estava na Loteria do Estado do Rio de Janeiro (Loterj).
No vídeo, Waldomiro aparecia pedindo dinheiro para financiar campanhas eleitorais de candidatos fluminenses. Após a divulgação do vídeo, ele foi exonerado do cargo e o episódio deu origem à CPI dos Bingos.
“A conduta do requerido Waldomiro Diniz afrontou os deveres condizentes com a moral administrativa a que se submetem todos aqueles que se encontram no exercício de funções públicas. Utilizou-se de sua posição, dos meios materiais, como agente político, para patrocinar o interesse de particular — como o senhor Carlos Augusto de Almeida Ramos na GTECH —, assim como para servir de intermediário na contratação de Rogério Buratti como consultor da empresa, e propiciar a obtenção de vantagem pecuniária pela interferência indevida em processo de renovação de contrato envolvendo a Caixa Econômica Federal”, diz o despacho do juiz, em referência à empresa que gerenciava as loterias.
De acordo com a sentença, o fato de não haver provas de recebimento de dinheiro, por parte de Diniz, não elimina a conduta ilegal caracterizada por “ato de improbidade” e “conduta incompatível” com o serviço público.
A ação civil pública não foi atendida integralmente.
O Ministério Público Federal (MPF) pedia a suspensão dos direitos políticos por cinco anos, multa civil de cem vezes o valor da remuneração recebida em função do cargo, proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios creditícios, direta ou indiretamente, pelo prazo de três anos.

Comentário Meu:
Sempre os peixes pequenos. Sempre as penas pequenas e mal determinadas. Enquanto isso:


Mensalão do PT só será julgado em 2011

De Carolina Brígido, de O Globo:
O processo sobre o mensalão do PT , que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), chegou à reta final. Na semana passada, a Justiça acabou de ouvir os depoimentos de todas as testemunhas de defesa que moram no exterior.
Ao todo, das mais de 600 testemunhas designadas pelos réus, no Brasil e em outros países, falta colher o depoimento de apenas 24, distribuídas em sete estados brasileiros. O depoimento das testemunhas foi a etapa mais demorada do processo.
A próxima fase será a realização de diligências. Em seguida, o relator, ministro Joaquim Barbosa, vai dedicar cerca de um ano à elaboração de seu voto. A expectativa é de que o julgamento final ocorra em 2011.

Só depois da eleição....




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